segunda-feira, 21 de junho de 2010

Alguns depoimentos de Maria Rita




'Entendo que ser filha de Elis é um gancho. Mas o que me chateia mais é o fato de estar cantando num show de um amigo, de ter uma companheira talentosa no palco, e as pessoas darem essa atenção extra a mim. Eu sei que essa tensão existirá para sempre, mas há limite.'
Sobre a participação nos shows de Chico Pinheiro
Fonte: O Globo

'Ouvi Milagreiro, que ela canta com Djavan, no carro e não conhecia. Comecei a chorar copiosamente. Essa mulher chora, sua, sente'
Sobre a cantora Cássia Eller
Fonte: O Globo

'É normal, todos nós passamos por um momento em que somos comparados aos pais. Comigo acontece um pouco mais porque ela era cantora, um mito, e eu canto também. Tem a saudade das pessoas também, que eu entendo. Só não curto essa coisa de ‘ela veio tomar o lugar de Elis’. Acho desrespeitoso, sobretudo com ela. O posto dela não está vago.'
Sobre as comparações com a mãe, Elis Regina
Fonte: O Globo

'Tenho poucas lembranças dela, mas ouço seus discos como um diálogo. Afinal, ela colocava ali o que pensava e sentia'
Sobre a mãe
Fonte: O Globo

'Em determinado momento, ele dizia para um jovem que estava em dúvida sobre seguir a carreira militar ou a poesia que ele devia se perguntar se conseguiria viver sem escrever. Pensei muito nisso, substituindo escrever por cantar. Não conseguiria viver sem cantar.'
A vontade de se tornar cantora profissional nasceu da leitura de um livro de Rilke, quando Maria Rita já trabalhava como jornalista numa revista para adolescentes, aos 16 anos
Fonte: O Globo

'Tive autonomia total. Tom Capone, produtor do disco, dizia uma coisa engraçada: A gente não pode mandar a Maria Rita cantar algo que ela não quer. É capaz de ela entrar no estúdio e ficar calada em frente ao microfone'
Sobre as escolhas das canções para o seu CD de estréia
Fonte: O Globo

'É como aquele filme que a crítica dá dez estrelas e quando você vê, é nada. Isso me preocupa um pouco. Por outro lado, a reação das pessoas nos shows que tenho feito me dá confiança. No fim das contas, fiz o que pude. Mesmo que não venda uma única cópia, estou feliz'
Sobre a divulgação do primeiro CD. A Warner preparou uma estratégia de lançamento anunciando-a como 'a cantora que todo mundo estava esperando'
Fonte: O Globo

'A vida nos dá umas porradas e nem sempre estamos preparados. Eu era adolescente e, quando meu pai se mudou, achei que seria legal aprender outra língua. Foi uma outra vida necessária, já que sempre tive interesse intelectual. Sempre gostei de história, artes, literatura. Lá trabalhei duro para pagar minhas contas e pude amadurecer de uma forma diferente.'
Aos 15 anos, Maria Rita foi morar em Nova York com o pai, tanto por contingência quanto por opção
Fonte: O Globo

'Tem gente que vem com essa conversa errada de ‘tomar o lugar’. Qualquer cantora que surge vai tomar o lugar da Elis, da Marisa Monte, da Zélia Duncan. As coisas não são assim. Ninguém resolve cantar para substituir ninguém'
Fonte: O Globo

'A primeira vez que ouvi esta música, eu a achei muito bonita. Na segunda, chorei. Quando cantei no palco, chorei de novo. Só depois fui entender. Revi muitas vezes na minha vida uma entrevista que a minha mãe deu quando eu era recém-nascida e, ao ser perguntada sobre o que desejava para mim, disse que talvez eu não cantasse, que o que era legal para ela poderia não ser legal para mim. Nisso ela estava errada. Mas o que mais me emocionou foi o fato de ela ter dito que me queria leve. Sempre dedico esta música a ela para dizer que eu entendi.'
Sobre a música 'Lavadeira do Rio', de Lenine e Braulio Tavares
Fonte: O Globo

'Chegava lá quase nada. Caetano, Gil, Marisa Monte. E acontecia muita coisa por aqui de que eu não tinha notícia. Lenine, Chico César, mangue beat - eu não sabia disso. E imagine o meu espanto quando voltei: todo mundo era 'filho de'. Com ou sem mérito, não importa, eram 'filhos de'. O que poderia eu fazer para não ser mais um na lista?'
Sobre o tempo em que viveu nos EUA
Fonte: O Estado de S. Paulo

'Eu sempre escolhi o caminho mais difícil, desde que fosse o que me permitisse dormir à noite'
Fonte: O Estado de S. Paulo

'Na adolescência passei a ouvir seus discos, a colecionar relatos de seus amigos, a buscar reportagens sobre ela em arquivos, a decifrá-la em fotografias'
Sobre a mãe
Fonte: ÉPOCA

'A última imagem que guardo comigo é a de vê-la deitada no caixão, cercada de desconhecidos. Eu só queria que aquelas pessoas deixassem minha mãe dormir'
Sobre a mãe. Elis Regina faleceu na manhã de 19 de janeiro de 1982. Na ocasião, Maria Rita tinha 4 anos
Fonte: ÉPOCA

'A falta que sinto dela é um buraco que não tem como ser preenchido'
Sobre a mãe
Fonte: ÉPOCA

'Ele diz que só me viu quando eu tinha três anos, mas tenho outra lembrança. Lembro-me dele em casa com meu pai [o músico Cesar Camargo Mariano], e eu, muito tímida, indo pedir autógrafo. Sempre me senti ligada a Milton.'
Sobre o cantor Milton Nascimento
Fonte: Folha de S.Paulo

'Ele me convidou dizendo que eu tinha toda liberdade de dizer não, mas que não haveria o disco se eu não fosse. Hesitei, por razões até óbvias. Fiquei com muito receio no início.'
Sobre a participação no disco 'Pietá', de Milton Nascimento
Fonte: Folha de S.Paulo

'Estudei comunicação e estudos latino-americanas nos Estados Unidos e fui contra ser cantora por muito tempo. A vontade aparecia e eu dava uma cacetada no monstrinho. O monstro acordava, eu dava um pau. Mas ao fazer um trabalho de faculdade sobre direitos autorais escolhi ‘Coração de Estudante’, e não consegui terminar a apresentação, porque caí em prantos.'
Fonte: Folha de S.Paulo

'Foi bom sair do Brasil. Estava insegura, fragilizada pela adolescência. Encontrei uma paz interior que não teria sido capaz de atingir se tivesse permanecido por aqui'
Fonte: IstoÉ Gente

'Isso que você viu no palco é o que eu sou. Nada mais. Sou brincalhona, sou intensa. Se alguma coisa é parecida com minha mãe, talvez seja explicado pela genética, pela psicologia ou algum outro ramo da ciência, não sei.'
Fonte: Jornal da Tarde

'Isso vai acontecer. Na verdade já aconteceu e são até bem-vindas. É a realidade da minha vida, vou brigar com os que fizerem isso por quê? Eu sou filha da Elis Regina, tá no RG.'
Ao responder uma pergunta sobre as comparações com a mãe
Fonte: Jornal da Tarde

'O assédio é compreensível. As pessoas querem saber como é a filha de Elis. Só preciso saber lidar com isso’’
Fonte: IstoÉ Gente


POSTADO POR : Charlotte Borges

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